Se
há coisa que Portugal tem, em grandes quantidades é gente estúpida, não são 2
nem 3 milhares, serão aproximadamente 3 a 4 milhões, o que nos coloca no top
europeu da estupidez. Há países que são bons na produção industrial, outros têm
altos níveis de desenvolvimento humano e social, nós somos muito bons em
produzir gente estúpida, é para verem…
No passado dia 25 de Janeiro, cerca de
100 pessoas vieram da Covilhã, em autocarros, pagaram 12€ cada, para poderem
estar junto aos portões da cadeia de Évora, numa manifestação de apoio e
solidariedade para com o prisioneiro nº 44. O índice de estupidez já estava
bastante alto, mas há mais, traziam tarjas com frases de apoio com inscrições "Presos políticos nunca mais" e a minha preferida "Se como um bocado de pão foi
porque ele me deu pensão". Depois
chegou mais um batalhão de gente estúpida, juntando cerca de 300 pessoas, e
todos juntos gritaram frases de ordem como "Fascismo
nunca mais", depois rodearam as letras que estão na parede 'Estabelecimento
Prisional de Évora' e encheram-nas de cravos vermelhos. O mamífero organizador
deste encontro de gente estúpida, um empresário (mais um) de seu nome, António
Pinto, prestou as seguintes declarações "Vou
para lhe dizer unicamente 'eu estou contigo independentemente daquilo que possa
acontecer. Dou a cara por ti e venho trazer o meu abraço fraterno da cidade
onde tu cresceste, onde foste acarinhado e onde as pessoas te consideram como
homem e como amigo" faltou dizer “e onde assinaste projectos de
vivendas que nunca viste a troco de bom dinheiro”.
Fizeram 30 minutos
de silêncio e depois os apoiantes do preso nº44 cantaram o hino nacional e a
canção 'Grândola Vila Morena', de Zeca Afonso. Pobre Zeca, às voltas no
túmulo com tamanha desfeita, por este andar ainda vou ouvir o Mário Machado do
PNR a cantar a Grândola.
A malta mobiliza-se para apoiar a Fátima Felgueiras, o Isaltino, para correr com o padre, para correr com a professora que se despiu numa revista, para apoiar o preso nº44, mas não sai de casa para se manifestar contra o estado do país. Bem que podíamos exportar cerca de 3 milhões de gente estúpida para outros países, melhorávamos a balança comercial e o ar ficava bem mais respirável, neste jardim à beira mar plantado.
A malta mobiliza-se para apoiar a Fátima Felgueiras, o Isaltino, para correr com o padre, para correr com a professora que se despiu numa revista, para apoiar o preso nº44, mas não sai de casa para se manifestar contra o estado do país. Bem que podíamos exportar cerca de 3 milhões de gente estúpida para outros países, melhorávamos a balança comercial e o ar ficava bem mais respirável, neste jardim à beira mar plantado.