Daqui a 50 anos, em 2065, quase
todos os opositores do analfabeto Acordo Ortográfico estarão mortos. Em
contrapartida, as crianças que este ano, em 2015, começaram a ser ensinadas a
escrever tortograficamente, terão 55 anos ou menos. Ou seja: mandarão no país e
na língua oficial portuguesa.
A jogada repugnante dos
acordistas imperialistas — ignorantes e cada vez mais desacompanhados
pelas ex-colónias que tentaram recolonizar ortograficamente — terá
ganho tanto por manha como por estultícia.
As vítimas e os alvos dos
conspiradores do AO90 não somos nós: são as criancinhas que não sabem defender-se.
Deseducando-as sistematicamente, conseguirão enganá-las facilmente. A
ignorância é a inocência. Pensarão, a partir deste ano, que só existe aquela
maneira de escrever a língua portuguesa.
Os adversários morrerão e
predominará a inestética e estúpida ortografia de quem quis unir o "mundo
lusófono" através de um Esperanto lusográfico que não tem uma única
vontade colectiva ou raiz comum.
Como bilingue anglo-português,
incito os jovens portugueses que falam bem inglês (quase todos) a falar
português com a exactidão fonética, vinda do bom latim, da língua portuguesa.
Eu digo "exacto" e "correcto" como digo "pacto" e
"concreto". Digo "facto" como fact, tal como
"pacto" como pact.
Falar como se escreve (ou
escrevia) é um acto de rebeldia. Ler todas as letras é libertador. Compreender
a raiz das palavras é conhecê-las e poder tratá-las por tu.
Às armas!
Miguel Esteves Cardoso
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